quarta-feira, 21 de março de 2012

VEJAM O ABSURDO!


PERFIL DOS 5 PRIMEIROS PAÍSES:

Coreia do Norte
Local no planeta onde ser cristão é mais difícil. Os cristãos são presos, torturados e mortos. No entanto, a Igreja está crescendo: há cerca de 400.000 cristãos no país
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja 
O cristianismo chegou à península coreana, no final do século XVII, através de católicos coreanos feitos prisioneiros de guerra e enviados ao Japão pelos algozes japoneses que invadiram o país com o propósito de dominar a China. Em terras nipônicas, os coreanos tiveram contato com o evangelho (muitos dos quais se tornaram mártires) e, quando puderam retornar a seu país, levaram consigo a nova fé. O início do cristianismo no país se deu no século XVIII (1793), quando a igreja passou por perseguições isoladas, mas suas raízes já estavam suficientemente fortes e fincadas na Coreia. Antes da guerra que dividiu a península corenana, a capital do país, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados. 
A perseguição
A Constituição prevê a "liberdade religiosa", no entanto, na prática, o governo restringe severamente qualquer atividade religiosa, exceto o que possa ser supervisionado rigorosamente por grupos reconhecidos oficialmente, ligados ao governo. Uma autêntica liberdade religiosa não existe, apenas igrejas rigorosamente controladas pelo governo. As igrejas que existem na cidade hoje são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política sobre a liberdade religiosa no país. Quase todos os cristãos na Coreia do Norte pertencem a igrejas não-registradas e clandestinas. O culto deles se constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles, em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.
A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Inicialmente os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao ser derrotados na Guerra da Coreia, soldados norte-coreanos em retirada frequentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.
O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, quer esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, quer tenha contato com outros cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são enviados aos campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo, que deve trabalhar 18 horas por dia. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.
Desde o final do século XIX, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coreia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.
De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coreia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones. Após a morte de Kim Jong-Il em dezembro de 2011 a pressão do governo sobre os cristãos tem aumentado cada vez mais.

COREA DO NORTE

Bandeira
North-Korea
Região
Leste da Ásia
Líder
KIM Jong-un
População
24,4 milhões (60% urbana)
Cristãos
2%
Religião
Tradicionalmente budista e confucionista
Governo
Estado comunista ditatorial










Afeganistão

Os cristãos no Afeganistão que falam sobre sua fé enfrentam violência e ameaças de morte. Mas apesar de todos os perigos, o cristianismo continua a crescer
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
O Cristianismo chegou ao Afeganistão nos primeiros séculos da era cristã. Por volta de 400 d.C., já havia um bispo instalado na cidade de Herat. A partir do século XIV, através do conquistador Emir Timur, deu-se inicio à erradicação do cristianismo. A Igreja afegã sofreria também sob outros governos, como o soviético (que comandou o país de 1978 a 1992) e o Talibã (1996-2001). Após assumir o governo do país em 1996, o Talibã impôs duras restrições a outras religiões, proibindo conversões, liberdade de culto e evangelismo. Outro grupo que sofreu sob o governo teocrático do Talibã foi o das mulheres, que foram impedidas de frequentar as mesquitas e de ir à escola, acentuando ainda mais o alto nível de analfabetismo no país.
A perseguição
A Constituição afirma que o Islamismo é a religião oficial do país e que os seguidores de outras religiões têm o direito de professar sua fé e praticar seus ritos e cultos abertamente, desde que dentro dos limites impostos pela lei islâmica (Sharia). Como na maior parte dos países islâmicos, os sunitas são maioria também no Afeganistão, onde os xiitas compõem a segunda maior seita islâmica e o restante da população é dividido entre cristãos, hindus, Bahá’ís e outras seitas oriundas do islamismo.
A conversão de um muçulmano a outra religião é considerada apostasia, sendo punível com a morte em algumas interpretações da lei islâmica no país. O código penal não define apostasia como crime e a Constituição proíbe a punição por crime não definido no código penal, que, no entanto,  afirma que os crimes graves, incluindo a apostasia, seriam punidos de acordo com a Hanafi, jurisprudência religiosa, e manipulados por um procurador-geral do escritório. Cidadãos do sexo masculino com idade acima de 18 e do sexo feminino acima de 16 anos, de mente sã, que se converteram a outra religião que não o islã, têm até três dias para se retratar de sua conversão, ou serão sujeitos a morte por apedrejamento, à privação de todos os bens e posses e à anulação de seu casamento. O mesmo acontece quando o individuo é acusado do crime de blasfêmia.
Sobre a conversão de muçulmanos a outras religiões, especialmente ao cristianismo, o embaixador afegão nos EUA disse que a Constituição do país garante a liberdade religiosa e a lei Sharia não entra em conflito com as leis do país. Ele disse tambem que é preciso levar em conta que a sociedade afegã é muito conservadora. “O governo só não deseja que os princípios de outras religiões dominem o país”.

AFEGANISTÃO

Bandeira
Afghanistan
Região
Centro-sul da Ásia
Líder
Presidente Hamid Karzai
População
29,8 milhões (23% urbana)
Cristãos
0,01%
Religião
Islamismo 99,4% (sunitas) 80%
Governo
República Islâmica









Arábia Saudita

A liberdade religiosa não existe nesse reino islâmico. Todos os envolvidos em reuniões religiosas não muçulmanas podem ser presos, deportados ou torturados
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
De acordo com a tradição, o apóstolo Barnabé foi o primeiro a levar o evangelho à Arábia Saudita. Quando o islamismo chegou à região já havia uma grande população de cristãos. Após o islamismo assumir o controle no século VII, todos os cristãos foram expulsos do país. Desde então, nenhuma missão foi autorizada a entrar na Arábia Saudita. Atualmente, a maioria dos cristãos no território saudita é constituída de estrangeiros que vivem e trabalham nas bases militares ou para as companhias de petróleo. Há um pequeno grupo de cristãos sauditas não declarados, vivendo sob constante temor de ser descobertos, presos e executados. Eles encaram os novos convertidos não com júbilo, mas com medo e suspeita, e esta atitude impede o crescimento da Igreja. Há convertidos sauditas, mas é extremamente difícil se chegar a um número exato, pois não estão organizados em igrejas, nem em grupos domésticos.
A perseguição
O governo não reconhece legalmente a liberdade religiosa e nem dá proteção a grupos que se reúnam ilegalmente. A prática pública de religiões não muçulmanas é proibida. A Arábia Saudita é uma monarquia islâmica sem proteção legal à liberdade de religião. O islamismo é a religião oficial e a lei exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos. De acordo com a Sharia, a apostasia (abandono do islamismo) é considerada um crime punível com a morte, se o acusado não se retratar. O governo reconhece o direito de cristãos estrangeiros cultuarem em particular.
Os cristãos que exercem sua fé de modo particular e discreto quase nunca são incomodados. Entretanto, há problemas quando cidadãos se queixam dos cultos realizados pelos vizinhos. Alguns alegam que informantes pagos pelas autoridades se infiltram em seus grupos cristãos particulares. O governo oferece uma recompensa equivalente a um ano de salário – um prêmio tentador para muitos – a qualquer pessoa que denunciar uma reunião cristã. O proselitismo e a distribuição de materiais não muçulmanos, como Bíblias, são ilegais. Tais materiais estão sujeitos ao confisco, apesar de as normas parecerem aplicar-se arbitrariamente. O governo restringe a liberdade de expressão e de associação; a imprensa exerce a autocensura com relação a assuntos delicados, como a liberdade de religião.

ARÁBIA SAUDITA

Bandeira
Saudi Arabia
Região
Oriente Médio
Líder
Rei ABDALLAH bin Abd al-Aziz Al Saud
População
28,2 milhões (82% urbana)
Religião
Islamismo 100%
Governo
Monarquia








Somália

Os poucos cristãos são fortemente perseseguidos, e devem praticar sua fé em segredo. Alguns foram forçados a fugir para viver em outros países
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
Os primeiros missionários cristãos chegaram à Somália em 1881. Em quase um século de trabalho, eles conseguiram algumas centenas de convertidos, até que foram obrigados a se retirar do país em 1974.
O Cristianismo é uma religião minoritária na Somália: aproximadamente mil praticantes em uma população de mais de 9 milhões de pessoas.
A maioria dos cristãos somalis pertence à etnia minoritária bantu. Não há perspectiva de crescimento da igreja na Somália para os próximos anos, devido à constante instabilidade política e econômica em que vive o país e aos constantes ataques de grupos radicais islâmicos.
A Perseguição
A falta de lei no país (não há Constituição, por exemplo) abre espaço para o crescimento do extremismo religioso, que é o grande responsável pela perseguição aos cristãos somalis.
Há uma Carta de Direitos do governo de transição, mas não possui restrições ou proteções à liberdade religiosa. Duas regiões no país - Somalilândia e Puntlândia - adotaram o islamismo como a religião oficial. Em ambas as regiões, os muçulmanos não podem abandonar o islamismo, sob pena de morte. Ou seja, para os somalis, o ex-muçulmano é um infiel, que merece a morte.
Extremistas têm acusado organizações cristãs de ajuda humanitária de aproveitarem o caos no país para divulgar o evangelho. Tais acusações acabam atraindo a atenção da mídia e levando a ataques públicos contra os cristãos por parte dos jornais locais. Além disso, os partidos políticos muçulmanos têm publicado relatórios que detalham os programas evangelísticos e advertem severamente o povo somali a manter distância de tais atividades. Desde que se tornou independente, em 1960, a Somália sofre com grupos radicais, como o Movimento Nacional Somali (SNM), o Movimento Patriótico Somali (SPM), o Congresso Somali Unido (USC) e o mais conhecido deles, o Al Shabaab, grupo radical islâmico criado em 2004, que domina algumas áreas ao sul do país e tem como objetivo principal derrubar o governo de transição da Somália e instalar um governo teocrático baseado na Sharia (lei islâmica). O Al Shabaab é financiado pela Al Qaeda: além de causar instabilidade política no país, esses grupos coíbem e reprimem qualquer possibilidade de trabalho missionário ou de evangelismo no país.


SOMÁLIABandeira

Somalia
Região
Leste da África
Líder
Presidente de transição Sheikh SHARIF Sheikh Ahmed
População
9,9 milhões (37% urbana)
Cristãos
0,04%
Religião
Islamismo sunita 99,9%
Governo
Parlamento federal provisório








Irã

Os cristãos relatam violência física, ameaças e discriminação por causa de sua fé. Muitos cultos têm sido monitorados pela polícia secreta
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
Segundo o relato de Atos 2:9, havia cristãos medos/persas entre os primeiros cristãos, na ocasião do pentecostes. A presença de cristãos na Pérsia data, então, desse período e já no século IV d.C. havia ali uma igreja cristã persa bem organizada. Ali se desenvolveu um cristianismo sírio, cuja língua era o aramaico. Ainda no século IV, a Armênia e a Mesopotâmia foram devolvidas aos domínios persas. Com isso, os cristãos dessas cidades, após fugirem da perseguição Sassânida, viram-se novamente sob o jugo dos persas, razão pela qual hoje a Igreja iraniana é composta em sua maioria por armênios.
No século V, por não concordar com alguns dogmas do cristianismo ocidental (católico) e devido às constantes guerras entre os persas e os bizantinos, a igreja persa rompeu com o restante da igreja cristã. Além disso, os cristãos persas eram adeptos do Nestorianismo*, e os nestorianos foram expulsos e perseguidos pela Roma Cristã por sua concepção acerca de Jesus.
Após a chegada do Islamismo no país através dos árabes, no século VII d.C., a situação dos cristãos no Irã piorou bastante. Nos últimos cinco séculos, o Cristianismo no Irã tem sido uma religião tolerada: os primeiros missionários católicos chegaram ao país no século XVII e os primeiros protestantes, no XVIII.
Depois da Revolução Islâmica, em 1979, a situação da Igreja mudou drasticamente, resultando na queda do número de cristãos nas igrejas oficiais, principalmente por causa da emigração para outros países.
As igrejas oficiais (registradas no governo) têm, juntas, cerca de 150 mil membros. A maior parte deles é de origem armênia ortodoxa, mas há também alguns milhares de protestantes e católicos romanos. Quase todos vieram de famílias cristãs.
A Perseguição
A primeira perseguição aos cristãos na Pérsia talvez tenha acontecido no século IV d.C., quando os persas sassânidas, governantes na época, resolveram aumentar seus impostos e persegui-los, por considera-los um grupo subversivo e desleal ao governo estabelecido. Além disso, o fato de Constantino ter declarado o cristianismo a religião do Império Romano também contribuiu para a rejeição dos sassânidas aos cristãos, já que os romanos eram os grandes inimigos dos persas. Devido à perseguição, muitos cristãos persas emigraram para outras regiões controladas pelo Império Romano.
Embora os direitos de cristãos, judeus e zoroastras sejam assegurados pela Constituição, na prática, todos são vítimas de retaliação e perseguição. As restrições e a perseguição ao cristianismo têm se multiplicado rapidamente nos últimos anos. O governo do Irã está consciente do desdobramento da Igreja nas últimas décadas. Ele tem procurado impedir e tornar impossível o crescimento dos cristãos.
É permitido que igrejas ligadas à minorias étnicas ensinem a Bíblia ao seu próprio povo e em sua língua. No entanto, essas igrejas são proibidas de pregar em persa, a língua oficial do país. Muitas igrejas recebem visitantes durante seus cultos, porém alguns deles são da polícia secreta e monitoram as reuniões.
Cristãos ativos sofrem pressão: são interrogados, detidos e, às vezes, presos e agredidos. Casos mais críticos envolvem até a execução. Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo são rotineiramente interrogados e espancados. Além disso, acredita-se que muitos homicídios não esclarecidos são praticados por radicais que frequentemente ameaçam os cristãos de morte.
Além da violência exercida pelas autoridades, os ex-muçulmanos são também oprimidos pela sociedade. Eles têm dificuldade em encontrar e manter um emprego, pois são demitidos quando se descobre que são convertidos. Aqueles que começam um negócio próprio têm problemas em fazer clientela. Para esses cristãos, é difícil ganhar dinheiro.
Em 2008, aconteceu um grande número de ataques a igrejas domésticas e muitos cristãos foram presos, fazendo desse um dos anos mais difíceis para a Igreja desde a Revolução Islâmica em 1979. No natal de 2011 dezenas de cristãos foram presos pela policia iraniana. O crescimento das igrejas domésticas tem deixado as autoridades políticas e religiosas com receio, o que leva a uma repressão maior.

IRÃ

Bandeira
Iran
Região
Oriente Médio
Líder
Presidente Mahmud AHMADI-NEJAD
População
77,8 Milhões (71% urbana)
Cristãos
0,4%
Religião
Islamismo 98% (xiita 89% e sunita 9%), outros 2%
Governo
República teocrática

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